Sunday, December 28, 2008

O que andei a ler em 2008 – Parte 1

Ora cá vai, mais ou menos alinhavado, aquilo que a minha infinita preguiça me deixou deitar a mão nestes últimos meses (e não os apontei todos – sim, que uma das pessoas na minha cabeça aponta as leituras que faz, se isto é normal…):
. “Como água para chocolate”, da Laura Esquivel. Saiu com uma revista e ainda não o tinha, apesar de já o ter lido. Várias vezes. Já conheço esta história tão bem que, às vezes, me parece que lá estive, e agora estou só a folhear um álbum de recordações. Tenho quase a certeza que, numa das minhas vidas anteriores, andei por esses lados. E fui mordida por uma daquelas aranhas gigantescas que eles por lá têm: pretas, peludas, ENORMES, com as suas horríveis patas cheias de pêlos a aproximarem-se lentamente da vítima (eu…) e os seus OITO olhos a fixarem-se com um único objectivo. Brrr, já me estou a arrepiar. Por esse motivo, é pouco provável que lá vá. O outro é as minhas finanças. De qualquer forma, derreto-me com os livros (se tiverem aranhuços é só na sua forma escrita. Ah!!), a culinária, o café e, sobretudo, o CHOCOLATE! Depois de ter experimentado aquele do Equador à beira de uma carrinha italiana, na praia, mal posso esperar pela próxima vez de ir ao Lidl!
. “Singularidades de uma rapariga loira”, do Eça. Relido, também. É que ouvi dizer que o Manuel de Oliveira ia fazer isto em filme, e qualquer coisa do Eça deixa-me logo um bocado em pulgas, pelo que estava já a pensar no argumento. Grandes planos! Banda sonora do Thiersen, ou do Pedro Ayres de Magalhães.
. “Vinho Mágico”, Joanne Harris. Emprestado da Elisabete, tem andado aqui por casa até à próxima vez que nos encontremos (espero que em breve!). Andou engonhado durante meses, ou talvez mais que isso mas, a partir de uma certa altura, devorei-o! Adorei o final! Parecia que estava tudo lixado, mas a solução apareceu mesmo à nossa frente, e sempre lá esteve! Era tão simples!! Tive de o ler de novo… Não resisti. E acrescentei-o à minha lista de aquisições breves, é óbvio…
. Um livro sobre o Oeste, que foi a “descodificação” de uns manuscritos quase ilegíveis perdidos num baú, e onde aparece o Eça, o Batalha Reis, o Ortigão e etc. Estava empacotado numa das prateleiras do armazém do Posto de Turismo, e deu para entreter nas horas de fastio, e rir a bom rir!
. Passei os olhos pelo livro do Zézé Camarinha. Foi o Carlos – o meu colega no PT – que encontrou. Meia população da cidade de Peniche já leu aquele exemplar.
. ”Sapatos de Rebuçado”, Joanne Harris. Desconfio, mas não tenho a certeza, que ela escreve para as pessoazinhas que moram na minha cabeça. Elas regalam-se e pulam de alegria cada vez que agarro num livro da Joanne. Bem me parecia que o “Chocolate” tinha ficado com qualquer coisa por contar! Neste acaba mesmo à minha maneira! E já o acrescentei à minha lista!
. Um livro de um tal Branquinho da Fonseca que deu para entreter numa tarde aborrecida no Posto de Turismo Avançado – com secção de Biblioteca, lá está – e que me deixou deprimida…
. “O Remédio”, Michelle Lovric. Ficou provado que os gajos do Chá das Cinco têm um gosto estupendo para escolher as letras para as capas dos livros. De se lhes tirar o chapéu!
. “Néctar”, de Lily Prior. A história de uma ninfomaníaca albina apanhada de caixa dos fusíveis. O mais possível. É uma leitura leve, no entanto, com rasgos de hilaridade absurda!
. “Parapeito”, de Rita Ferro Rodrigues. A princípio achei um bocado limitado e repetitivo, mas tem textos que arrepiam. Também tem uma Leonor pequenita!
. “O Livro da Ignorância Geral”, incluindo a dos autores. Mas ainda apanhei textos interessantes – apenas a nível de informação, é claro! Foi boa ideia encherem os espaços vazios com frases de autores conceituados. Enviei algumas à India, que ela aprecia essas cenas. Isto foi na loucura da Feira do Livro no Clube, mesmo ali ao lado, que deu com força na classe trabalhadora do posto de Turismo deste Verão.
. “Os pássaros de Seda”, de Rosa Lobato Faria. Cheiro a Infância, a Alentejo, a simplicidade, a complicação, a desespero, à incapacidade de transformar a vida num conto de fadas com final feliz, afinal. Deixa um sabor meio doce, meio amargo, no fim. Quem nos dera ser capazes de adivinhar, de ler os outros por dentro, de os poder salvar. Fui buscá-lo ao calhas à Biblioteca. E depois fui buscar mais!
. “O Pranto de Lúcifer”, de Rosa Lobato Faria. Como é que eu nunca descobri isto antes?? O novo já está na lista das leituras, mas não tive mesmo tempo, ainda!
. “Danças na Floresta”, Juliet Marillier. A minha perdição, desde o “Filho da Sombra”, que foi o primeiro que li. E releio, de vez em quando. Li, reli, sublinhei e escrevinhei. Entrei dentro dele, estou completamente apaixonada por sapos e quero ir à Transilvânia! De Renault 4L, como o Pedro Abrunhosa!
E por hoje ficamos por aqui, que a noite já vai longa!


1 comment:

Anonymous said...

lol,so nice