O blog da moda traz desta vez aos olhos dos seus galantes leitores uma descoberta fenomenal, género ciência desconhecida e flagrantemente reveladora, que se insinua sedutora às mentes audazes.
Esse mundo oculto que é a compreensão das entrelinhas de músicas ilusoriamente simples, mas que, como vai ser possível verificar de seguida, são afinal gritos encarcerados de dor e revolta!
Ora passemos a factos concretos.
O Dia de Reis, além de um aumento geral do nível dos Diabetes no nosso país, arrasta ainda consigo essa praga calamitosa que é o desmontar da árvore de Natal, que sempre é coisa para pôr os cabelos em pé a muito boa gente, mesmo aquelas pessoas aparentemente mais zen.
Aliás, há quem diga que se pode verificar o estado dos nervos das pessoas a partir de 3 situações distintas: uma bagagem atrasada, uma chuvada em cima da espinha… e o enrolar das luzinhas da árvore de Natal…
Daí que a tal ciência obscura que ainda não tem nome fez com que a autora deste blog conseguisse ver, qual observação feita através de um telescópio, a bandoria que se encobre sob o manto de uma vulgar canção de música ligeira portuguesa.
Neste caso, interpretada por João Pedro Pais, a célebre “Louco por ti”.
Finalmente Dia de Reis
Olho para a árvore
Aqueles penduricalhos…
Já nem sei…
Agoniado estou-me a sentir
Posso estar farto
Mas preferia-a assim
Há quem queira
Que a comece a desmontar
Há quem diga
Que estou mas é a engonhar
Ando louco, tão louco, com a porra das luzinhas
Fico louco, tão louco, oiço até campainhas
São raros os casos
Em que me consigo desenrolar
Prendo os meus dedos
Por vezes até aleijar
Levo com o anjinho no olho
Deixo de raciocinar
Salta a porra da árvore pelo ar
Ando louco, tão louco, com a neve de lata
Fico louco, tão louco, que um raio a parta
Sorriso nos lábios
Mais um caso resolvido
O estafermo da árvore
Foi à vida com tudo metido
Ando louco, tão louco, preciso de um psiquiatra
Fico louco, tão louco, onde é que está o Prozac
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