Tem mesmo de ser???

Devem perguntar-se os leitores deste blog (além de mim própria, é óbvio!), porque motivo decido não me debruçar sobre o enigmático e colorido tópico do Natal, quando parece que ele nos rodeia por todos os lados, que nos asfixia e não surge mais nenhum outro assunto que encaixe tão bem como esse.
Porque não cogita a autora sobre vastos temas, como "Coisas que gosto no Natal, coisas que gosto um bocadinho menos e coisas que abomino completamente e que me causam um certo incómodo gástrico", assuntos sobre os quais haveria muito que falar, nomeadamente o passar da tarde da véspera de Natal a fazer doces com a minha mãe e a minha avó, com o meu avô a sorrateirar-se pela cozinha para nos deixar com filhoses a menos nas travessas, no primeiro caso, a minha avó a chibar-se com as prendas antes da data apropriada, no segundo caso, e uma lista um bocadinho maior no terceiro caso.
Nesta lista de infâmias que tenho de testemunhar nesta época pimpilante conta-se o elevado número de Pais Natais nas varandas e janelas deste país. Não gosto dos Pais Natais pendurados! Uma parte de mim desejaria ardentemente, já que estão pendurados, ao menos que fosse pelo pescoço. Assim com a língua de fora e a perna esticadinha. Mesmo enforcadinho! Mas depois vem uma outra parte de mim e dá-me um valente beliscão, que isso é um pensamento maldoso...
Também me causam arrepios e quase fazem espumar da boca os telemóveis que, nesta época do ano, insistem em emitir as maviosas exuberâncias sonoras em tons natalícios - tititi para cá, tititi para lá... é uma lástima... para juntar aos toques da Floribella e da Estrelinha (desculpa lá, Carla...).

Isto tem uma razão de ser: sou do contra!!
Por isso, agora vou falar acerca das características (virtudes, é mais o termo) do magnífico signo Carneiro, e lá para a Páscoa decido-me a falar do Natal!!