Era uma vez...
...um sapo!
Este sapo é príncipe de um reino perdido no meio de uma floresta onde as folhas das árvores são cor de laranja e os papagaios arrotam, entre outras alarvidades.
O nosso sapo, quer dizer, príncipe, tem um nome, mas eu não sei qual é.
Ora este príncipe meteu-se desgraçadamente nesta linda “situação” (porque ele não é “naturalmente”, um sapo, quer dizer, não foi assim que a sua mãezinha o deitou cá para fora. Se tal acontecesse dava-lhe logo uma coisinha má, e ela era capaz até de... sabe-se lá...).
Ora voltando à nossa história, este príncipe não é sapo há muito tempo. Ainda só agora se está a habituar a esta vida!!
Antes de ser sapo era príncipe e mais nada!
E o que é que um príncipe faz? A ponta de um corno. E era o que este fazia, além de se entregar ao surf, ao skate, à limpeza dos canos pelos Serviços Municipalizados do reino, à limpeza do fundo das chaminés reais, à costura, à cozinha e à criação de poções mágicas para curar flagelos género brabulhas, êmorróidas, vício na gogagola, entre outros.
E como é que um gajo destes se transforma em sapo?
Isso queriam vocês saber, para depois experimentar aí em casa com a irmã mais nova, o pitufo irritante, o fedelho do 5º esquerdo, a sogra...
O que eu quero dizer é que o nosso amigo ex-príncipe estava no meio de uma fabulosa invenção – a mixórdia repulsora de erupções cutâneas que, no caso de resultar, iria livrá-lo de uma série de trabalhos e chatices, que ele tinha de enfrentar diariamente.
Infelizmente, e para azar do nosso herói, houve algo que correu mal: com a pressa de ter tão precioso bálsamo nas suas mãos (ou melhor, nas suas borbulhas), não foi cuidadoso ao ir buscar o ingrediente secreto na última prateleira do armário mais alto do laboratório, que calhava a estar mesmo ao lado do caldeirão, e as asas de barata caíram com as azeitonas de aranha, e com o nosso infeliz príncipe.
Digo infeliz porque, apesar de inicialmente se pensar que cair em tão grande quantidade de tal benesse pudesse trazer a cura total ao príncipe da nossa história, o certo é que a mistura recebeu também um frasco inteiro de asas de barata, e o vidro do mesmo inverteu todo o efeito positivo que aquela zurrapa pudesse ter.
O azar do nosso príncipe era já lá estar dentro, e ter recebido uma dose industrial daquela mistela horrenda – transformando-se assim em sapo.
Ora o facto de ser um sapo dificultava-lhe bastante a vida – não conseguia fazer sequer as coisas mais simples... E quando lhe apertava a bexiga? Que tragédia!!
O que é que pode um gajo destes fazer numa altura destas? Ligar para a TV Shop!! Foi o que fez o herói da nossa história. Depois de noites intermináveis sem dormir a olhar para a televisão, eis que surge o fabuloso Hantrax – tira-borbulhas, tira-gordura, tira-borbotos, limpa-canos, sabonete anti.herpes genital e fabuloso molho de sopa!!
É claro que este género de coisas tem sempre algo que se lhe diga – nunca são perfeitos.
É certo que o herói do nosso conto já não é sapo, mas também não se livrou das borbulhas......no entanto, parece que ele também não se importa muito...
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