Monday, July 06, 2009

“6 de Julho

Meu anjo, meu tudo, meu eu! Só umas palavras, hoje, e a lápis (o teu). Porquê essa profunda ânsia, quando fala a necessidade?

Será que o nosso amor poderá subsistir de outra forma que não seja à custa de sacrifícios e de nos privarmos um do outro? Será que não podes alterar o facto de não seres totalmente minha e de eu não ser totalmente teu? Deus! Contempla a Natureza bela e tranquiliza o teu espírito naquilo que é inevitável!

O amor exige tudo de pleno direito, a mim em relação a ti, assim como a ti em relação a mim. Mas tu esqueces demasiado facilmente que devo viver para mim e para ti. Se estivéssemos juntos, sentiríamos menos esta situação dolorosa (…). Há momentos em que acho que as palavras não servem para nada!

Tranquiliza-te, és o meu fiel e único tesouro, o meu tudo, como eu sou para ti.

O teu fiel Ludwig.”


Isto foi escrito por Ludwig van Beethoven à sua Amada Imortal, exactamente, numa Segunda-feira, 6 de Julho, como hoje.
Pensar que há muitos anos atrás, Ludwig, a esta hora, estava com o seu coração e pensamento Nela.
Isto veio parar-me às mãos por obra da Z. (que adora Beethoven!), num ano em que, precisamente, 6 de Julho calhava a uma Segunda-feira.
Este ano, como andei a arrumar papéis, dei com estes textos, que tinha transformado em separador de temas de um dossier.
E desde que os encontrei, guardei-os para colocar aqui nesta data.

Em honra do grande maluco que era o Beethoven! Sempre em alta!

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