A revolução nacional do espírito de todos os portugueses!
Descobriu-se agora, de forma flagrante e de modo vexatóriamente capitalista, com um anúncio publicitário a uma entidade bancária, que, afinal, um novo hino nacional, mais adequado à realidade e ao estilo próprio dos Portugueses, havia já sido concebido, há uma parga de anos atrás, pelos Trabalhadores do Comércio!
Aguarda-se com expectativa uma próxima oportunidade de manifestar a nossa devoção às cores da nossa bandeira, de preferência um jogo da selecção, ou uma edição do Sequim d’Ouro!
Os portugueses que apoiam a selecção nacional nos estádios, e os que fervorosamente entoam o hino nacional, no recato dos seus lares ou do tasco lá do bairro, em plenos pulmões e de forma, regra geral, dolorosamente desafinada, passarão agora a exprimir alto e bom som, no refrão do novo símbolo de identidade da nação: “EU NÃO PAGO!”
… E passam a acenar entusiasticamente os seus novos cachecóis, com mensagens claras e de cariz social, como:
“Ricardo, és o meu herói, e eu sou cego de nascença!”, ou
“Ronaldo, sou fiteiro como tu e deixo o meu agente de seguros maluco!”, ou ainda
“Rui Costa, volta, filho, que a gente até apoia a Terceira Idade e damos desconto nos genéricos, se tiveres cartão, é claro!”
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