Tuesday, July 11, 2006

Sábado, 8 de Julho de 2006


Portugal e a Alemanha enfrentam-se.
Tendo em conta que a Alemanha era a equipa da casa, era uma tarefa ingrata...

Mesmo assim, foi o melhor jogo (no sentido de ser o mais civilizado...) em que entrámos, apesar de, tecnicamente, os Alemães serem considerados uns psicóticos da pureza da raça – não, não são os franceses, são os alemães...

Foi escusado, é obvio, aquele enigmático golo do Petit (o nosso amigo Armando Teixeira – eu não me canso de referir este pormenor – mas tenho de dar a mão à palmatória, não o faria se ele fosse do Sporting...) na nossa própria baliza. Pensei sugerir que ele fosse severamente castigado, mas depois concluí que o homem tem de viver consigo próprio todos os dias, e não vale a pena aumentar a sua cruz.

Quanto à entrada do Nuno Gomes, eu sempre achei que ele ia querer provar a relva alemã. Há quem diga que não, que ele nem sequer foi à relva, mas um golo marcado com um pinote daqueles por parte de um jogador que já se sabe que tem essas tendências é um pormenor duvidoso, e eu era capaz de jurar que, quando se levantou, o Nuno Gomes estava a sacudir um bocado de relva que lhe ficou preso nos dentes.

Até agora, a maioria das pessoas que apanho a comentar futebol, e os acontecimentos escaldantes que se têm passado neste Mundial, nomeadamente as pessoas que frequentam o mesmo comboio e os mesmos autocarros que eu (e que, diga-se de passagem, devem ser todos treinadores de futebol – é fantástico, com tantos trabalhos neste país, a maioria das pessoas que apanham o mesmo comboio têm essa profissão, e andam para ali a desbaratar estratégias de graça!), andam com as mesmas frases na ponta da língua “Eu bem dizia que o gajo devia ter posto o Nuno Gomes antes!” e “Ele devia era ter convocado o Quaresma!”.

Estão a ver o que lhes digo? Olhem ele a sacudir a relva!!

Grandes técnicos, sim senhor! De se lhes tirar o chapéu!
Eu estava na ideia que o Scolari já era treinador há muitos anos. Tenho a vaga ideia de ter ouvido falar em Campeão do Mundo. Bem, pelo menos eu imaginava que o homem sabia o que estava a fazer... Mas devo andar é distraída.

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